quarta-feira, 5 de março de 2014

Disney Super Park Greeter, a seleção.

(Esse post e o seguinte foram escritos no dia 28/02, mas como estive ausente por conta do retiro de carnaval, só estou podendo publicar hoje, seis dias depois. Mas vale tudo por aqui! hehe)

Eu não iria comentar nada até estar tudo certo. Eu não contaria para a família, para os amigos ou para a minha cadelinha Marie. Eu não poderia ter expectativas sobre mim, não poderia sofrer ainda mais pressão do que aquela que eu já sofria por mim mesma.  Ninguém além dos meus pais e irmã (porque Cesinha conta como "eu" né?) poderia conhecer meus novos planos até que estes começassem a tomar aquele formato que eu gosto. O formato que tem um sonho quando começa a se transformar em realidade. O momento em que as coisas começam a dar certo, e que finalmente, tudo aquilo que a gente tanto imaginou, noite após noite, com a cabeça afogada no nosso travesseiro...parece mesmo que está se transformando em algo real. Quando os sonhos vão se moldando, vão se inflando, e sentimos que esse "algo real" pode realmente vir a acontecer. Algo real, que podemos enxergar, até quando estamos acordados. Algo real, que podemos viver, mesmo distante dos nossos travesseiros. Algo realmente real.

Quando recebi um email da Disney há um tempo atrás, convidando algumas pessoas que já foram cast members antes, para um tal de Super Greeter, um novo programa de trabalho, eu não dei muita trela para a informação. Não dei bola, porque não era algo possível para mim. Não queria nem saber, na verdade, porque não sou dessas que curto uma tortura. Eu havia passado seis anos tentando de tudo para trabalhar na Disney novamente. Havia vivido seis anos sonhando, a cada noite, em um dia poder voltar. Aquele, definitivamente, era o pior momento para um email como aquele chegar. Eu estava terminando a faculdade, noiva, com todo um casamento para organizar. Não podia perder o foco, e a palavra "Disney" é a primeira no ranking dos meus "top-5-me-tira-de-qualquer-foco".

Não me aporrinhe mais Sr.Mouse, leave me alone! Até que um dia, em uma conversa com minha ex-roomie da Universal, ela me contou que era uma das embaixadoras do programa no Brasil. Eu não queria saber. Não queria ter inveja de quem poderia ir no meu lugar (juro que a inveja seria bem branquinha), não queria ficar triste. E assim, de tempos em tempos chegava um email na caixinha. Alguns começavam com um "We want you back", acompanhado da carinha do Mickey sorrindo para mim. Ele me queria. E eu...

Ano passado foi um ano muito peculiar na minha vida. Me casei, o casamento mais Disney e mais lindo, com o príncipe encantado mais encantador e real que poderia existir. Tivemos a lua de mel mais inesquecível e vivemos os dias mais felizes que já vivemos até hoje. Mais, mais, mais! Tudo nesse ano de 2013 foi "mais". Afinal, 2013 foi nosso ano mais feliz, mas ele também foi o ano mais triste das nossas vidas. Parece confuso? Imagina para nós! Tudo o que nós vivemos de bom, foi bom além das expectativas! Foi incrível, maravilhosos, fantástico! Mas o problema é que as coisas ruins que nos aconteceram (nada relacionado ao nosso casamento ou ao nosso amor!!), foram inimaginavelmente, e igualmente ruins. A mesma proporção em que fomos felizes, fomos tristes. Graças a Deus estávamos juntos, e com o próprio Deus. Sobrevivemos a esse ano, mas ele nos deixou consequências. Uma delas foi nos levar a uma vida onde não tínhamos previsão alguma do nosso futuro. Dormíamos a cada dia, sem saber o que faríamos no dia seguinte. Sabe aquele casal desnorteado? Bombardeado, meio grogue? Éramos nós, tentando aproveitar nosso primeiro ano de casados. Foi quando eu recebi aquele e-mail novamente.  Cesinha e eu conversamos por dias e noites, noites e dias...mas ainda não era hora. A oferta era só para mim, e ele não poderia me acompanhar. A hora certa viria seis meses depois, sem que esperássemos. Não devo contar demais (sou dessas que fazem muita fofoca sobre mim mesma), mas o Senhor nos deu novos planos de vida. Hoje, voltar a trabalhar na Disney, vai totalmente de acordo com os nossos planos. Hoje, mesmo Cesinha não podendo me acompanhar, temos um objetivo, e essa experiência irá super nos favorecer. Hoje existe um sentido, um motivo. Hoje eu POSSO VOLTAR!




A seleção para os Park Greeters (era Super, agora é Park) começou em Outubro (email acima), mas apenas há 17 dias atrás eu percebi que seria possível para mim. E foi quando a Broo começou a me odiar, provavelmente, de tanto que eu perturbava ela com informações e bla blá blá. Há 17 dias eu decidi e me inscrevi. Bom, o processo é infinitamente mais simples que aquele da tortura do ICP. Me inscrevi no portal, fiz login e senha, preenchi todo o questionário. Um email chegou me mandando fazer upload da cópia do meu passaporte e visto anterior (eu tirei foto do iPad mesmo hahaha), e mais algumas informações. Hoje, dez dias após eu ter feito upload dos meus documentos, será a minha entrevista.

Ela está marcada para 12:30 e acontecerá aqui na minha casa, virtualmente. Olha essa tecnologia nos poupando tempo e dinheiro né? Amei! Enfim, tô uma pilha. Na real, eu tô desesperada!!!!! Tão desesperada que saí para fazer as unhas e as pintei de laranja com glitter...PARA UMA ENTREVISTA COM A DISNEY???? OMG, cadê o Disney Look?

Enfim, vamos torcer para que eu consiga pensar em manter as mãos baixas e longe da visão da câmera.
Estou tensa!
Será? Será? Será que vou conseguir?

Bom, depois explico sobre o programa. São 11:30, preciso me concentrar. Ore por mim  HD do computador, porque só você está tendo acesso a esse post até que o processo se encerre e eu seja aprovada!

Beijinhos,
Aline


(todos os detalhes sobre meu casamento, do chá de panela à lua de mel, estão lá no Frescura sem Censura. Clique aqui e vá para o link)

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